Freeman teve formação basicamente teatral, iniciando sua carreira na década de 1960, na produção off-broadway Niggerlovers. No mesmo período, conseguiu participar da versão totalmente negra de Hello, Dolly! e emendou uma série de papéis, tanto em grandes espetáculos quanto nos circuitos alternativos de Nova York. No começo de carreira, era casado com Jeanette Adair Bradshaw, de quem viria a se divorciar em 1979.
Freeman migrou dos palcos para a TV em 1971, com o programa infantil ''The Electric Company'', no canal PBS. Ele protagonizava o quadro Easy Reader, que auxiliava crianças pré-alfabetizadas a ler. Ainda no mesmo ano, Freeman também chegou aos cinemas, novamente voltando-se para os pequeninos, com o filme ''Who Say's I Can't Ride a Rainbow?''. A década de 1970, porém, provou-se escassa em boas oportunidades, e o ator refugiou-se em telefilmes de qualidade e repercussões indignas. Seu primeiro filme ao lado de uma grande estrela (no caso, Robert Redford) foi em ''Brubaker'', de 1980, acerca de um policial que se disfarça como detento para investigar a corrupção na cadeia.
As coisas só começaram a mudar para Morgan Freeman com o genial ''Street Smart''. Freeman roubou a cena com este último, numa atuação em iguais partes carismática e ameaçadora, mas visceralmente autêntica. O filme propeliu o desconhecido Freeman direto para uma indicação ao Oscar de melhor coadjuvante e, claro, uma chuva de convites para filmes de Hollywood.
Todos os preconceitos que Freeman teve de enfrentar ao longo de sua carreira tiveram seu lado positivo. Serviram como provação e o ligaram, inseparavelmente, à mentalidade da cultura negra americana. Quando se trata de personagens negros dignos, Freeman sempre é o primeiro nome na lista de qualquer diretor. E, mesmo quando raça não importa, o ator também é bem-cotado - ele é um dos poucos atores negros que consegue papéis que não foram necessariamente escritos para negros.
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